quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O medo



...Então ela se sentiu criança outra vez. Uma criança que acorda no meio da noite, ofegante pedindo o colo da mãe, por medo de um pesadelo aterrorizante. Medo do desconhecido, medo dos sentimentos que nunca havia sentido. É normal sentir medo assim? Ela se fez essa pergunta diversas vezes em tão pouco tempo. Sua cabeça parecia mais confusa a cada instante.
Tentou se acalmar, acalmou, mas o medo ainda ali ficou. Ela estava ferida por seu sentimentos, sentiu medo de sonhar outra vez. Insegura, um pouco amarga, medrosa...
Ela aprendia a cada dia, o tempo é seu melhor amigo, mas que deixava cicatrizes de feridas profundas. O medo se instalava sem chance de deixa-la.
Sentia que nada mais mudaria em sua vida pacata e sem graça dominada pelo medo. Um dia, encontrou alguem... ele parecia não ter medo de nada e em dua mão empunhava sua espada de confiança. Se aproximou tentando arrancar o medo daquela jovem. Transmitia uma crença inabalável, mas não conseguiu acabar com o medo dela.
Conquistou sua confiança, sua fé, seu coração, seus sonhos. Passou a ser sua vida... Ele era o único em quem ela se apoiava agora. Um amor cresceu em meio ao medo, um amor que cresce a cada dia em seu coração. Mas, porque ainda sinto  medo de ser feliz? Ela pensou várias vezes aquela noite.
Entendeu então, que mesmo com todo aquele amor, o medo era natural, pois o futuro é incerto. Medo do desconhecido, de se frustrar, de seus sonhos morrerem. Medo de se decepcionar, de se enganar, se magoar.
Medo de uma vida diferente da que sempre viveu, medo de recomeçar...mas mesmo com seus medos, foi nos braços dele, que ela encontrou a forma de superar, de aprender com o medo. Percebeu que somente com ele ao seu lado poderia vencer o obstáculo medo.
Seu coração naquele momento se encheu de esperança novamente, de crenças, de fé...passou a enxergar o medo bem la no fundo, ficando escondido.
Então, naquela manhã, voltou a se sentir mulher...

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